quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O início..

Achei que a maneira ideal de começar um blog seria falar sobre mim, afinal tudo que aqui nascer será resultado de pensamentos e vontades minhas. Mas agora que penso sobre quem sou descubro que pouco sei.. decidi portanto fazer deste espaço uma descoberta de mim.
Acho que para achar quem eu sou, preciso de descobrir onde me perdi! Começo agora a analisar o meu último ano e parece que nas 52 semanas que o ano teve duas foram para mim, o resto foi para viver e resolver os problemas alheios. Neste momento não sei se os resolvi mas sei que congelei parte de mim e da minha vida. 
Primeira tragédia grega do ano, e não é baseada numa novela da tvi; O meu pai teve um filho com a melhor amiga da minha mãe, e os meus pais são padrinhos da criança e o suposto pai é o melhor amigo do meu pai. As relações são tão estranhas que nem quando escritas começam a fazer mais sentido. A minha mãe pirou com a história e levou-me aos arames com ela. Já nem sei o que penso desta história nem o que sinto. Sei que esta história já me levou aos berros mais estridentes, aos risos mais loucos e a um choro sufocante. Sei que esta história quebrou a imagem que tinha do meu pai e sei que de alguma forma sobrevivi a tudo. Ainda não sei o que é que sobrou de mim, mas penso que sobrou alguém mais forte e capaz.
O que aconteceu com a minha mãe, o mesmo que acontece com as mulheres que dependem do marido.. guardou a história numa gaveta!
E sem dúvida que foi aqui que eu me comecei a perder, pela primeira vez deixei os meus planos de lado, pela primeira vez perdi o rumo daquilo que eu queria..
Com o passar dos meses vi que a relação que eu tinha estava a morrer e adivinhem morreu mesmo!! também com os seus dramas pelo caminho. Mas esses ficam para outra noite.
Mas apesar de todas estas confusões recordo com um sorriso os dias que a minha mãe dizia que o mundo estava perdido. Eu cá acho que os deuses estão loucos!!! Porque quando penso em tudo que me acontece, só me falta ter de sair à rua com uma nespresso na mão, só para o caso de me cair um piano em cima. 
Umas coisas eu sei sobre mim, adoro brincar com tudo de mau que me acontece. É a minha maneira de encarar os problemas, esta história dos meus pais serviu para umas quantas piadas sobre a novela que isto daria e o emmy que ganharia.
Também sei que sou mais forte e mais frágil do que aquilo que aparento, se sei me levantar sempre que caiu, se sei começar do zero sempre que preciso, também choro mais do que gostaria.
E sem dúvida que a minha vida daria um bom livro de drama, falta agora descobrir o final. No entanto se tiver em conta a esperança média de vida, falta escrever muitos capítulos. O que diga-se de passagem me dá um certo alento!
Começo agora a pensar no final de ano quando aconteceu o segundo acontecimento mais marcante e nos meus lábios esboça-se um sorriso, quase que eu própria não acredito em tudo que me aconteceu. Por momentos penso se não terei tido apenas um pesadelo e quando acordar tudo estará no sitio. E os meus pais são apenas um cão e gato como sempre, o meu ex continua a ser o amor da minha vida e a faculdade está a correr dentro da normalidade. 
Peço para cair abaixo da cama mas dou por mim sentada na cadeira a olhar o céu nublado de Janeiro. Apesar de o quarto estar quente sinto um frio nas costas, as incertezas sobre o amanhã são tantas que sinto o peito apertado como se me avisa-se que o amanhã não vai ser melhor.. Olho para o céu procuro uma estrela com a esperança que ela me diga o caminho a seguir, com a esperança que ela me reconforte! Não há estrelas no céu..
Procuro a única coisa que nunca me foi roubada, procuro aquilo que ainda guarda a inocência de criança, procuro os meus sonhos. São eles que me movem, são quem me leva mais longe. Os sonhos são sem dúvida nenhuma quem comanda a minha vida.
Este ano novo recebi uma mensagem a dizer se sonhar para sonhar mais alto. Vou guardar essa frase como pensamento do mês:) 
Por hoje vou parar de pensar vou antes tentar sonhar..
Boa noite!


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